(...) Desenfaixaram minhas mãos e pés —
O grande striptease.
Senhoras e senhores,

Eis minhas mãos
Meus joelhos.
Posso ser só pele e osso,

No entanto sou a mesma, idêntica mulher. (...)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

ISOMNIA

Eu vi um filme com esse nome, é d+
Adivinhem? O Robbin Willians é o vilão! MUITO LEGAL!
Um vilão muito inteligente, diga-se de passagem...

Bom, eu também estou tendo insônia por esses dias aí, e, graças ao meu amigo Roger, decidi fazer algo diferente pra conseguir dormir: escrever.
Pois é, há quem diga que escrever "ativa" a mente, mas eu consegui, sei lá, programar meu cérebro de alguma forma, que agora ele se cansa ao escrever. O engraçado é que eu só me canso se estiver trabalhando no meu Livro de Dormir, se for em outra coisa FERROU.
Meu Livro de Dormir está indo bem, obrigada. Eu escrevo nele toda vez que estou sem sono, escrevo, escrevo, escrevo, até ficar cansada e com sono, aí salvo as abobrinhas e vou deitar. Até que está bonitinho, qualquer dia eu posto um pedacinho dele aqui pra vocês olharem ;)

Ontem eu fui fazer uns exames do coração com o meu médico linnnnndo, o Doc. André.
Tudo ok no começo, mas quando foi pra correr na esteira eu fiquei MUITO LOUCA. Passei mal, as sensações ruins voltaram, foi terrível. Não consegui terminar a droga do exame, tive que sair de lá correndo e ir pra outra sala e tal, mas não se preocupem, não fiquei sozinha *_*

Estou me sentindo estranha, parece que não me encaixo em nenhum grupo na face da Terra. Me sentindo deslocada, esquisita. Me sentindo flutuando sobre um mar de margaridas murchas e mergulhando num monte de nuvens cinzentas cheias de trovões.

HELP

quarta-feira, 18 de maio de 2011

On a steady diet of Soda Pop and Ritalin

And there's nothing wrong with me
This is how I'm supposed to be
In a land of make believe
That don't believe in me

C’EST FINI

Brincando de filósofo e matemático
Entre equipamentos caros e bússolas
Apontando o Sul insistentemente
Lendo fórmulas ilegais, elegantes e ilegíveis.
Ele era o social,
O frugal de todo aquele requinte.

E gostava daquilo.
Ah! Como gostava!
Tinha sabor de cevada.

Lutando contra o Chapeleiro Maluco
Entre xícaras, pincéis, canetas e papéis
Rabiscados de projeções ortogonais
Calculando sempre como ser sorvete, sortudo e selvagem.
Ele era o insano,
O cigano de todo sangue estagnado.

E estranhava aquilo.
Ah! Como estranhava!
Era quente como lava.

Dormindo solitário num caixão invisível
Entre flores de plástico em vasos de vime
Trançados, laçados, artísticos como ele mesmo
Escrevendo libélulas libertas no papel desempenhado.
Ele era sua mente,
O vidente de toda vida passada e adivinhada com maestria.

E odiava aquilo.
Ah! Como odiava!
Era tudo como sonhava.

No one really seems to care
And I don’t care if you don’t care


Oh therapy, can you please fill the void?

You're leaving home.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

HOJE EU APRENDI...

... que qualquer coisa é melhor do que ser obesa e ter estrias.
CUIDADO!
Podem usar isso contra você e aumentar sua vontade de entrar na fila da eutanásia.

I REALLY WANT TO GO


Eu nem sei o que dizer. Me sinto mal.
Não consigo me concentrar: toda vez que começo a pensar, sobrevêm uma imagem de vários fios e coisas emboladas e eu perco o fio da meada.
Sweet dreams are made of this...
Também estou indo mal na faculdade, desde antes de um pequeno incidente (que motivou o post anterior) mas agora, depois, tudo piorou. Não consigo me concentrar quando estou no meio de tanta gente, todos rindo, falando, me olhando.

Me sinto perdida.

Sozinha.

Como sempre foi... Não tem alguém com quem eu possa conversar sobre isso. Não tenho com quem dividir esses temores, esses percalços.
Todos já se cansaram, já tiveram sua cota de "Jéssica" e pronto, já deu, chega.

Eu não sei quando é que vou escrever aqui pela última vez, mas espero que seja logo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

E SABE QUAL É A MELHOR PARTE?

Se você souber, me conte.

Eu me perco na bagunça, nos piores seguimentos, na simetria exagerada, no ESPERE, ISSO NÃO DEVIA ESTAR AQUI! eu me perdi.
Quer iogurte? Com granola. É bom para o... as... os... alguma coisa.

E se o mundo fosse como eu preciso que ele seja? E se as pessoas me entendessem? Eu seria feliz? NÃO, eu seria compreendida apenas, eu me sentaria com alguém e essa pessoa diria "Oh, você está triste porque acha que fulano odeia você e pensa que não tem mais solução pra essa vida nojenta certo?".
Provavelmente as pessoas não se preocupariam em achar saídas para os "que incomodam" como eu, e continuariam suas vidas como é hoje, apenas evitariam longas e enfadonhas conversas para que suas mentezinhas descobrissem PORQUÊ eu e outros incomodam.

Seria o contrário de hoje, mas exatamente igual.
Gente pisando em gente.

E isso realmente não me importa, eu não pretendo durar tantos milhões de anos para ver o mundo dar essa volta gigantesca.

O Pequeno Príncipe está querendo se matar para o meu mundo.

PRA ENTENDER - Engenheiros do Hawai

>trecho<
Pra entender
Basta um tapa num cigarro
Uma olhada no mapa do Brasil
Uma caminhada por qualquer caminho
Um carinho qualquer
Basta ver o que não se enxerga
O que só se enxerga nos olhos de
uma mulher
Basta olhar pro que acontece
Esteja onde estiver
Pra entender
Nada disso é tudo
Tudo isso é fundamental


segunda-feira, 9 de maio de 2011

RÉQUIEM

E conversar, e conversar com quem?
Com quem me faz mal?
Com quem finge entender mas só diz "passe o sal"?
Com quem vive de óculos escuros encarando
a vida de forma deformada?
Não, obrigada.
Prefiro um mundo que não sei se existe
Que não tenho certeza
Que ninguém nunca viu, mas que aposto minhas fichas como
É melhor do que este
Mesmo que seja quente
Ainda que seja laranja
Supondo que tenha barulho
Prefiro ser gente ali
do que um qualquer, um bagulho jogado.
Esquecido.
Aqui.
Réquiem que ninguém lê.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

LE PETIT PRINCE


Ele está de volta.
Novamente assombrando meus pensamentos, esse moleque levado.
Novamente tirando meu sono.
De novo me pedindo paciência, e dizendo "as coisas se acertam", em meio ao caos.

O que eu faço com esse "piá" de cabelo castanho? Eu tento desviar, mas não dá. Esses olhinhos claros são certeiros, grandes bolinhas de gude, brilhantes.
Quando o Pequeno Príncipe fala, todo o resto se cala. Até minha vontade de inexistir fica silenciosa. Eu o respeito, e no entanto ele é tão pequeno, uma criança, um garoto esperto, sorridente, calmo, transparente e linear.


Eu sou uma rosa tão frágil. Preciso dele.
Mesmo que ele não saiba o quanto eu preciso.
Mesmo que ele ignore minhas fraquezas.
Ainda que ele viaje e conheça uma raposa, e a cative também.
Eu sei que ele vai voltar pra cá porque o lugar dele é aqui, embora ele não entenda bem o porquê.


Um dia ele há de compreender que precisa ficar aqui, não porque o lugar seja agradável, ou porque o solo seja fértil, ou a água potável, e sim porque ele precisa ficar comigo.
E que longe da única rosa de todo o seu mundo, nada mais fará sentido.
E quando ele entender essas coisas, eu não precisarei mais de quatro espinhos para me defender, porque nenhum mal vai me perturbar, pois vou estar repleta do sentimento maravilhoso do Pequeno Príncipe.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

AS FLORES DE PLÁSTICO NÃO MORREM

(...)"A cut is the hell
Inside a little red line in your arm"


Sete e oito.

Todo mundo sabe que eu faço ballet, pra quem não sabe: OI, EU FAÇO BALLET.
Acontece que eu não tenho mais tanta certeza se é o melhor pra mim. No fundo é só uma desculpa pra que eu possa emagrecer quantidades astronômicas e dizer que "é pela dança, ok?", mas ninguém se importa muito, nem eu.
Fui me consultar com a nutricionista ontem e ela me fez um cardápio muito interessante, 850 - 1000 kcal por dia. E ainda me disse que com isso posso emagrecer até os 48 ou 46kg, maravilha ein?
Coitada.
Admito o que não admiti pra ela: eu queria que ela fizesse isso, portanto não fui totalmente sincera, é claro.
Mas, que se pode fazer? Vamos lá seguir a dieta saudável dela e perder meus indesejáveis kgs \o/\o/\o/

Também fui ao cardiologista que, por sua vez, está obcecado pelo meu coração, por causa da hipocalemia teeensa do começo do ano e também de outros probleminhas e percalços aí, que aconteceram recentemente.
Ele pediu alguns exames com alguma urgência e ficava repetindo que eu era nova demais pra "brincar com o meu coração". Pff.

MEUS RINS ESTÃO ME MATANDO.

Desabafei.
Muita, muita dor mesmo, parece que eles têm vida própria e desejam sair por aí correndo, não sem antes romper a minha pele, músculos, e o que mais vier pela frente.
Eles me odeiam. Fato.

Assim como muita gente por aqui. E eu não os culpo, coitados. Eu sou um espinho bem difícil de tolerar.


DEFINITIVE, INFINITIVE

There's a glass of happyness
In my heart
And it overflows
When see these dirty words

Of course
There are no tears
But, who cares with this
On years...and years...?

TÃO TRISTE, O COMUM DOS HOMENS...

Prenda seus cintos de segurança, porque será uma noite dura.
 -Bette Davis, All About Eve

Hello peoples!
Tudo ok?
Hoje eu estou pensando em enfiar a cabeça no forno do fogão e ligar o gás. E, claro, ficar lá, dando uma de Sylvia Plath.

Maaaas isso não é possível porque a cozinha da minha casa não tem porta e eu terminaria:

a) matando todos que moram comigo.
b) sendo salva.

Então vou apenas deixar uma frase do livro "Monstros Invisíveis" do queridíssimo Chuck Palahniuk (autor de Clube da Luta) para que possamos refletir OU NÃO e ficar pensando e mimimi, essas coisas que vocês sabem, né?

(...) "por mais que você ache que ama uma pessoa, vai recuar quando a poça de sangue dela se aproximar demais de você."