(...) Desenfaixaram minhas mãos e pés —
O grande striptease.
Senhoras e senhores,

Eis minhas mãos
Meus joelhos.
Posso ser só pele e osso,

No entanto sou a mesma, idêntica mulher. (...)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Eu não gosto disso, não...

Eu detesto gostar de alguém.

Meu amigo, Alexandre, discorda, ele acha o máximo. É CLARO que ele é doido varrido. Gostar de alguém, amar, se apaixonar, implica um monte de coisas erradas, ruins, um milhão de torturas que temos de aceitar calados e fingir que gostamos!
Que espécie de sentimento é esse?
Ele diz que eu tenho medo e por isso afasto as pessoas (dando uma de analista agora o porra-louca) AFASTO MESMO, não gosto de gente, não me dou bem, nunca me dei bem. gente, pessoas, não me fazem bem.
E por que fariam?
São cheias de defeitos, na maioria iguais aos meus... Pior ainda! Quem é que suporta seus próprios defeitos? Ninguém que eu conheça...

E as histórias de amor então?
Nuuuunca dão certo.
As minhas nunca deram certo. Nunca darão certo. Basta observar o Pequeno Príncipe. Ele vai voltar, mas trará um carneiro que provavelmente acabará com tudo. Acabará com nossa relação. Eu nunca mais o verei.
É triste, mas é verdade.

POEMA DE HOJE:



PERCEPÇÕES

Perdendo algo que não sei o que é
É, eu estou
Talvez tempo?
Não, seria óbvio
Todos perdem tempo, uma hora a mais, uma a menos...
Isso é inerente a condição de ser vivo, eu acho
Eu acredito mesmo é que
Eu não sei.

Todos têm de aprender, uma hora,
Que o céu não é azul se você voar alto o suficiente
Que o mar não é tão encantador se você souber o quão suja é a água
E que vinhos de morango, parques noturnos,
Livros e cerejas não garantem a sua felicidade
“Até que a morte os separe”
Se for até o fundo...

Porque se for fundo o bastante você descobre
O quê? Eu não sei, é algo único
Mas descobrindo, nada volta, e tudo perde o gosto.

Aí, meu caro
Sua boca se enche de areia sabor açúcar mascavo
E dizer que alguém é “doce” passa a ser uma ofensa.

Você é tão doce querida... Doce como o suco gástrico
Que me passa pela boca quando vomito de tanto beber vinho barato.
Doce, como cogumelos alucinógenos que nascem na merda dos bovinos.
Doce, como... Como o mel mais doce do planeta!
E isso me enoja. Sinto muito, não quero mais vê-la.

Histórias são assim.
Nenhuma tem final feliz.
Se está “feliz”, é porque não teve fim.

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Não se abra com seu amigo, que ele outro amigo tem. E o amigo do seu amigo, tem outro amigo também! - Mário Quintana (CUIDADO COM AS PALAVRAS)