(...) Desenfaixaram minhas mãos e pés —
O grande striptease.
Senhoras e senhores,

Eis minhas mãos
Meus joelhos.
Posso ser só pele e osso,

No entanto sou a mesma, idêntica mulher. (...)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

o best-seller "Vômito Sincero"

... porque se não tem comida envolvida, só sentimentos, é um vômito mais sincero.

PÉÉÉÉÉROLA
rsrsrs
Que não deixa de ser verdade.
Quem nunca teve compulsão que atire o primeiro cuppycake!
É terrível, comer até explodir e mais um pouco, e DEPOIS sentir fora do controle da situação e querer recuperar o que perdeu, e purgar. É doloroso, é nojento, e é motivado pelo fato de ter comido meio universo e mais um pouco.
Agora, se você está numa situação de extrema angústia. EXTREMA MESMO, quando você nem se corta porque sabe que não adianta, quando enfia a mão na água gelada, depois na água morna e não adianta, exceto pra sua mão inchar e ficar dormente umas horas, quando tentar "fingir que se corta" com uma caneta vermelha não funciona porque você quer é que aquela caneta passe do outro lado do seu braço; ou do seu pescoço. Mas sua motivação não é morrer e sim comunicar o que sente. Você se sente com a língua presa, o peito apertado, doendo, as mão atadas,  os olhos não choram porque é inútil, você se sente inexistente...
Quando acontece isso, você come uns bolinhos talvez quatro, e é o suficiente pra montar uma montanha de comida na sua cabeça, é o suficiente pra montar toda sua atrofia emocional por cima disso e você sabe o que fazer...
Você purga e sente a angústia indo embora.
Por um instante sabe que não precisa falar com ninguém. Que a comunicação entre seres humanos é tão imperfeita que você não precisa dela.

E depois...

Você sente-se mal, porque fez, porque sabe que não devia, que isso te deixa fisicamente mais próxima do mal inexorável que ronda todos nós.

E o ciclo recomeça.

Mas, pelo menos, o seu vômito é sincero, e você disse no próprio suco gástrico, tudo aquilo que não tem competência, coragem, estrutura emocional, pra dizer na vida real, às pessoas que lhe afetam.

O gosto amargo na boca é o gosto da vitória sobre a incapacidade de falar. Você disse, no banheiro, no saco de lixo, no canto escondido, tudo que queria dizer. Sente a vitória disso e a derrota da doença que consome sua mente apagando seu potencial e inteligência.

Mas você falou.

Vomitou as injustiças.

Vomitou as ofenças e estapeou a cara dos seus carrascos. Seu vômito foi sincero.

Um comentário:

  1. Obrigada por compartilhar!!! Adorei o texto!!!!!!!!! "Quem nunca teve compulsão, que atire o primeiro cuppycake"!!! hahahahhahaha BJs.

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Não se abra com seu amigo, que ele outro amigo tem. E o amigo do seu amigo, tem outro amigo também! - Mário Quintana (CUIDADO COM AS PALAVRAS)